Talvez seja o tempo de assumir possibilidades e deixar de se encasquetar com a certeza. Num movimento fluido de se abandonar. E recriar-se no próximo passo. Como se o passado tombasse e o presente descansasse e pudéssemos andar livremente. Sem o peso insustentável das feridas. Sem o vislumbre cíclico das chagas. Apenas um passo. Uma nuvem e o horizonte. Nem voo, nem corrida. Nem arrastar-se. Como quem finca a travessia, sem saber por onde vai passar.
Vamos indo, todos nós: fantasmas: vivos ou mortos. Lamber a vida.
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