16.7.14

Ai, ai ai ai: chegada-hora


Ai, que falta você me faz, passarinho. Aquele sorriso todo escancarado. Que falta, passarinho. Eu acordo de manhã e lá está você dormindo. Continuo o dia todo com aquela imagem sonolenta nos meus olhos. Imaginando o que é que você anda sonhando, se há algo que eu tenha que possa servir. Vira e mexe a gente se tromba. Às vezes te beijo, às vezes derrubo. Com um amor estalado feito bola de chiclete.

Ai, que alegria você me faz, meu peixinho dourado. Essa voz macia, feita de algodão maciço. Que alegria, peixinho. Vejo você nadando pelas ondas, lambendo o sol do mar, se embolando na espuma. Nessa sua existência lustrosa, você sempre volta e me conta. Sobre a temperatura da água em uns olhos inundados.


E você que nem sente saudade, meu amor. Foi parido em linha reta, sem firulas ou desvios. Se há desejo é porque há, se existe amor, que abunde. Sim, meu coração, aprende a falar e a entender simplesmente que é hora de ser feliz.

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