12.1.15

Despedida, nossa bailarina, Pa.ir.s

Ainda bem que faz doer o coração até dar um nó na garganta. Sinal de que há amor. E muito.

Há muitas coisas bonitas na vida. Adoro meus olhos, por exemplo. Mas hoje falaremos de amizade. Acho que podemos considerar amigo aquele que extrai nossa melhor gargalhada e aquele que dá o melhor abraço. Eu, pelo menos, quando vejo um amigo, mesmo com hora marcada, mesmo que seja todos os dias. Quando meus olhos pousam naquela pessoa, meu coração dá um saltinho. Tamborila, dizendo: ali, ali: achamos.

Há alguns dias meu peito anda descompassado porque uma grande amiga vai se mudar. Ela vai realizar um sonho e será chique nas Zoropa. Que vai ser bom: todo mundo sabe. Que vai ser bonito: tenho certeza. Dá vontade de soltar fogos. Dá vontade de chorar como bebê com cólicas: insistentemente e bem alto. A verdade é que fomos feitos para uma eternidade-grudadinha e deixar ir o que nos faz bem é, e sempre será, difícil.

Tentei escrever esse texto há tempos. E percebi agora que, eu mesma, não sei como me dizer em presente. Oscilo entre a vontade de adiantar o tempo e de rebobina-lo. Odeio despedir. Mas odiaria mais ainda não ter a quem dizer adeus. Não ver os sonhos estampados nas vidas de quem amo.

O que eu te desejo é uma felicidade megatrônica. Descobertas estrambólicas. Muita andança e deslumbramento. Desejo que os medos caiam um a um amolengados. bobocas, apáticos. Desejo que você seja linda. E mais linda do que linda, a ponto de não caber mais em adjetivo nenhum.

A gente vai estar aqui. Vai estar lá. Estaremos todos juntos, amassadinhos no seu peito. Morninhos nesse amor que você nos dá.

Então, que venha Paris. Que venham as novidades. Que venham os oui oui.

Eu, com meu francês pequenucho, e cheia de carinho. Te digo:

Merci
pour
tout, chuchu.

dejà vu au revoir.


Um comentário:

Nea Senna disse...

Por essas palavras carinhosas, por essa dedicação amigarosa, brigada Vivi,