28.11.09

Be bum

Delícia.


Segui um bêbado que balbuciava todo arquejado. Foi andando na rua meio escura. Sem medo, persegui aquele trocar de pernas e farfalhar de braços.
Debaixo de um poste, eu vi uma cena mais linda que a fusão de três estrelas.
O bêbado estava era inebriado. E o seu corpo estava era cintilando.
Não balbuciava, o homem, cantava e não era de desequilíbrio os seus movimentos, mas de uma dança fantástica.
Ele tirou seu chapéu e balançou seu corpo. Abriu um buraco na rua e de lá tirou um violão, fez nascer um banquinho ficou ali. Tocando uma música tão cheia de sons.
O homem era bem moço e seus olhos azuis inhos. Brilhavam feito o mar outonal.

Imagine! Aquela luz postular e um moço-homem dedilhando melodias. Na medida em que ele abria a boca, os universos cantavam para ele. Ele tinha um cabelo de ouro. Um paletó cinza, com um lenço vermelho.

De repente, ele se levantou, mas a música não parou, porque até a realidade queria ceder. Ele veio todo maleável, me pegou pela mão e me mostrou como se faz o impossível. Nós dois ficamos embalando o tédio, empacotando tristezas, incinerando desolações.

Ainda hoje me lembro daquela noite, gosto de pensar em como a fantasia reinventou minhas verdades.

2 comentários:

Priprioca disse...

Gostaria q eles tivessem falado de vida borbulhante, pois todo momento parecia macio demais e leve demais para q as melancolias tivessem parte nele!

Unknown disse...

Que bom parar e ouvir um pouquinho dessa vitrola! Estava numa correria danada e parei por aqui para respirar novos ares!
Beijos, Vivs!