1.7.09

Benesses do rei

Adroaldo é tão querido
Mas vamos segredar suas benesses
Matá-lo de felicidade
Enchê-lo de alegria
Plano mais vil e malévolo
amar para o sorriso do outro
Vontade de rodar o mundo, a roda, a perna
Rodar e gerar fantasia de outros mundos
Inventar reinos eternos. Personagens bondosos
Glórias vindouras
Rodar até a realidade cair e só restar a boa utopia
O amor é utopia que se pega, que se cheira,
que se ama. Que se basta, que se roda, que ele
va a estatura Dói a nuca, roda o peito
Fantasia, outro mundo. Que saudade,
dolorida, ai que vida! Mas que morte, que
loucura, fantasia: olha o rei. Olha o rio!
Ventania. Olha a luz. Que paz d o u r a d a
Ondas ao céu, roda no alto
Gira meu leito, gira o braço, maçaneta
Que lei é esta?
Roda de novo e vem pra perto
Vem pra perto, roda comigo, para sempre.
Fantasia